Hoje visitei meu antigo colégio do ensino fundamental, Escola Estadual de Ensino Fundamental Vereador Gonçalo Duarte. O colégio há pouco passou por uma reforma, graças a uma manifestação dos alunos reclamando das péssimas condições da escola (cadeiras quebradas, quadro negro com perfurações, banheiros inadequados, entre outros problemas que sensacionalismo da rede pública de ensino possuem), com direito a imprensa filmando e fazendo o sensacionalismo de sempre. Agora está tudo limpinho, equipado, muito agradável. É curioso voltar nesses lugares após tanto tempo. Só vou ali no período eleitoral, cumprir com minha obrigação de cidadão. Gostei do que vi, e desejo que os alunos possam preservar ao máximo a escola nesse novo estado.
Entrei na sala dos professores para discutir sobre uma atividade, relacionado a produção de um vídeo, quando meu antigo professor de matemática entrou na sala, o Ilídio. Há tempos não havia notícias dele. Lembrei que me sentia perseguido por ele, coisa besta de criança mesmo, na época tinha 10, 11 anos - ainda era possível ser criança com essa idade -. Vou dizer porque sentia-me perseguido. Sempre tive dificuldades com matemática, e na 6ª série não era diferente. Ainda recordo do professor passando exercícios e chamando para resolve-los na lousa, torcia para que esquecesse de mim. Em vão. Toda aula do Ilídio iria resolver as equações. Considerava aquilo tudo um porre. Tanta gente na turma e ele tinha que pegar no meu pé ? Durante o ano letivo perdi a conta de quantas vezes fui resolver os "Xs" das questões na frente da turma, para turma, com direito a explicações de como obtive os resultados. Em alguns momentos precisava de uma cadeira, pois não alcançava a parte superior do quadro. Alguns alunos, quando o professor chegava, alguns diziam: "Chegou teu pai". O ano foi passando e fui aprovado na disciplina. Hoje, percebo que não havia nenhuma implicância do professor comigo, ele identificou a minha dificuldade com a matéria. Percebo o quanto fui impaciente. Sair do Gonçalo já faz muito tempo e o Ilídio continua com seu trabalho no colégio. Bom trabalho. Eu não percebia isso. Espero que, além da reforma na escola, os alunos aproveitem, também, esse professor.
Também me sentia perseguida por minha professora de matemática no ensino médio, apesar dela nunca ter me ensinado nada de útil, gostava de jogar Tarot pra ela.
ResponderExcluirDuh voltei a escrever!
Bjss