Ultimamente estou saindo pouco, e na maioria das vezes sozinho. Quase não vejo alguns amigos que gosto e sinto falta. Chegamos naquela fase onde devemos pensar mais em nossos projetos e, talvez por isso, o laser em grupo torne-se mais difícil (sempre tem alguém que deve acordar cedo, estudar ou fazer prova no dia seguinte, entre outros motivos). Embora tente, não consigo marcar para rever algumas pessoas, devo me contentar em saber sobre eles através das redes sociais que participamos. Ainda prefiro o boa e velha conversa de roda, mas fazer o que.
Quando finalmente reencontro alguém a conversa segue um roteiro nada original: trabalho, família e amor(es). Para variar ando solteiro, mas alguns colegas, nossa, quanta diferença !
_ Quanto tempo, tá namorando ?.(Depois de tanta conversa surge essa pergunta clássica).
_ Não._ Curto e seco.
_ Ah, Duh, sei lá, nenhum rolo ?
_ Nenhum.
_ Hum, tu tens que sair mais, “ficar” de vez em quando. Nunca te vejo com ninguém...
_ E tu com o Borges ? (Minha réplica)
_ Acabou. Safado !
_ Desculpa, não sabia.
_ Ih, não esquenta. Tô com o Rogério, amando.
_ Ro... Como é mesmo ?
_ Ro-gé-rio. A gente tá se conhecendo. Uma semana.
_ E tu já ama, não amava o Borges ? Ele não era pra sempre e tal ?
_ Pois é, depois do Borges veio o Cris, amei também. Isso tudo faz duas semanas. Superei. Tô em outra. Porque tu sabe ...
O reencontro acaba, volto para casa e penso: Nasci com algum defeito. Não é possível, nunca amei 3 pessoas em menos de um mês.
Ainda não me adaptei com esse “excesso” de amor. Amor é algo tão difícil de ter, e sentir por outro. O povo beija, transa e acha que já ta amando. Um mês é pouco tempo para amar de forma exacerbada. Tem gente que deveria andar com um Aurélio na mochila, para saber diferenciar as coisas.